Abrindo as atividades da noite do IV Cartão Postal: a cidade como estratégia de pesquisa, ocorre, nesta quarta-feira (07), às 19h, o espetáculo "Atrás da Porta", uma adaptação livre das obras de Plínio Marcos, Nelson rodrigues e Anton Tchekhov, com direção da professora Bárbara Tavares e atuação dos alunos da disciplina de Interpretação. O espetáculo acontece no Bloco D (Anfiteatro) do Câmpus da UFT em Palmas. A entrada é gratuita e o evento é aberto para toda comunidade.
Mais tarde, finalizando a programação do evento, ocorre às 20h, o Teatro, café e prosa: Fórum com professores, em que será discutido o ensino de Artes no estado do Tocantins e sua relação com a cidade. O Fórum será aberto com o espetáculo "O zoológico de vidro", de Tennessee Williams, com direção e adaptação de Fátima Salvador.
Rua e Fotografia
Na tarde desta quarta-feira (7), foi realizada a oficina "Rua e Fotografia - um olhar crítico sobre as tensões contraditórias que marcam o espaço urbano, a fim de materializar em fotografias visões reflexivas sobre a rua", ministrada pelo professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Tocantins (IFTO), Rafael Oliveira. A oficina começou na UFT e terminou nas ruas de Palmas, onde os alunos fizeram registros fotográficos reflexivos sobre as ruas da cidade.
Participantes da Oficina Rua e Fotografia percorreram ruas da Capital no desenvolvimento da atividade (Foto: Divulgação)
Avaliação
O Cartão Postal é organizado pelos cursos de Teatro e de Pedagogia da UFT, em parceria com o Grupo Transver, e tem o intuito de compartilhar experiências e propostas educativas, relacionando cidade, docência, pesquisa, arte e cultura. De acordo com uma das organizadoras do Cartão Postal, professora Renata Ferreira, o evento já superou as expectativas e tem contado com uma grande participação dos professores e alunos de cursos de Pedagogia e de Teatro, inclusive de fora da UFT, além de docentes da rede de ensino municipal e estadual. "Os participantes já criaram uma relação afetiva com a proposta e o intercâmbio entre cursos e alunos egressos tem sido um ponto forte", destaca.
Ao longo do evento, ocorreram diversas oficinas, espetáculos e palestras. "As atividades foram um sucesso e elas surpreenderam pelos formatos inovadores, com saídas pela cidade e provocações inventivas e artísticas", ressalta Renata. A professora do curso de Teatro declara que o impacto que se espera do Cartão Postal é "uma maior valorização para as áreas de licenciatura e fortalecimento da relação teatro e pedagogia".
Com o intuito de discutir a cidade, ocorre no Câmpus da UFT, em Palmas, o IV Cartão Postal, que iniciou nesta segunda-feira (5) e continua suas atividades até esta quarta-feira (7). Como parte da programação, nesta terça-feira (6), a professora do curso de Teatro, Renata Ferreira, ministrou a oficina “Modos andarilhos de descrever a cidade”, em que os participantes deveriam se deslocar na cidade de Palmas e, a partir disso, descrever em um postal o seu olhar sobre a cidade.
Segundo Renata, a oficina tinha como objetivo trabalhar a cidade em uma proposta de pesquisa e promover a experiência de caminhar na cidade. “A oficina surgiu para ativar o conhecimento da cidade por meio de conceitos operativos e resultar em uma produção escrita que fosse crítica, inventiva e que provoca uma relação de habitação na cidade de Palmas”, conta.
A estudante do curso de Teatro, Fátima Salvador, relatou sobre a experiência que a oficina lhe proporcionou, na qual pode desfrutar e conhecer com outros olhares a capital tocantinense. “Foi um desafio percorrer a cidade, em pouco tempo, e poder vivenciar o que ela tem, pois precisei ter um novo olhar, que me levou a perceber que eu passava por muitos lugares e coisas e não os enxergava”, menciona.
Nesta terça-feira, também ocorre o espetáculo “E se fosse diferente?”, às 19h, dirigido pelo professor da UFT, Ricardo Malveira, no anfiteatro 1, no Bloco D. O espetáculo faz parte do projeto de extensão Teatro e Libras: Meu corpo, nossa linguagem. Durante a noite, ainda haverá apresentação de Grupos de Trabalhos, a partir das 19h45, no Bloco D.
Com a programação recheada de oficinas, espetáculos e palestras, teve início na tarde desta segunda-feira, no Câmpus da UFT em Palmas, a quarta edição do Cartão Postal, promovido pelos cursos de Teatro e Pedagogia. Este ano o mote é "Cidade como estratégia de pesquisa". A oficina "Encandeia: a cultura popular como estratégia para instalar espaços rituais e fazeres cênicos", abriu as atividades, sob a ministração do professor Ricardo Malveira. A atividade teve a participação de alunos dos cursos de Teatro e Pedagogia da Universidade Federal do Tocantins (UFT) e do curso de Artes Cênicas do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Tocantins (IFTO).
A oficina Encandeia abriu as atividades do IV Cartão Postal, no Câmpus da UFT em Palmas (Foto: Paulo Teodoro/Dicom)
A abertura oficial do Cartão Postal deste ano será às 20h, no auditório do Centro Universitário Integrado de Ciência, Cultura e Arte (Cuica). A programação de abertura terá o espetáculo "Auto de nossas Marias", realizado pelo projeto de extensão Uma vez Teatro, sob a direção da professora Renata Patrícia Silva e, logo após, às 20h30, a realização da conferência "A cidade como estratégia de pesquisa", com as docentes Daniela Franco e Amanda Leite, e também o professor Ricardo Malveira.
Aproximação das manifestações populares
Na oficina foi discutida a instalação, em alguns espaços, de elementos ou lugares cênicos da cultura popular, a partir de uma temática. O professor Ricardo Malveira usou a festa de Nossa Senhora das Candeias, do município de Arraias, que é um grande motivador do seu trabalho. "A gente estuda uma manifestação cultural e, a partir dessa manifestação, vamos pensar uma forma de instalar, em algum local, um lugar cênico. Esse lugar cênico, é claro, não é igual a cena do Teatro, tem algumas semelhanças, mas é uma cena bem específica porque ela é parte da cultura popular", afirma.
O professor destaca que o intuito dessa oficina é aproximar as pessoas das manifestações populares e fazer com que elas as vejam com outros olhares, entendendo que também são cênicas assim como as artes mais disseminada como teatro, dança, circo e a ópera. "Nós sempre vemos as manifestações culturais do Brasil, principalmente as pessoas dos grandes centros, de um lugar distante. E essas festas, principalmente pra quem faz, são muito importantes e têm uma ligação muito forte com a vida. E, às vezes, deixamos de viver essas manifestações nossas por conta desse distanciamento que a gente vai aprendendo ao longo da vida", ressalta Malveira.
A "Oficina Encandeia: a cultura popular como estratégia para instalar espaços rituais e fazeres cênicos" contou com atividades de corpo, de som, de música, que são ligadas à expansão do corpo com o objetivo de instalar a festa no corpo das pessoas. Ricardo Malveira destaca que a oficina, assim como evento como um todo, é importante por ter foco na cidade e nas formas de interagir, sentir e entender essa cidade que nos rodeia, e que pode oferecer um grande material para pesquisas e práticas na educação, nas artes em geral e na cultura. "É necessário entender como essa cidade interfere na nossa vida e como podemos interagir da melhor forma possível, sentir a cidade, se perder pela cidade, conhecer lugares novos, conhecer pessoas que talvez o espaço oficial não possibilite e eu acho que a melhor forma de conhecer a cidade é se perdendo por ela", declara.
O professor espera que após a oficina haja um maior entendimento da festa como um lugar de afeto, importante, de conhecimento. "Ainda que você não tenha nascido no local onde mora, temos a obrigação de não se permanecer estrangeiro no lugar, de cada vez mais entender o lugar e ficar cada vez mais ligada organicamente a ele. As pessoas têm sua própria cultura e não irão perder com isso, na verdade, o que ocorrerá são ganhos com a troca de conhecimentos", finaliza.
A oficina desta tarde resultou em uma apresentação que será realizada como finalização das atividades desta segunda-feira, no evento. Os participantes da oficina serão os atores que irão participar da apresentação e incentivar a interação do público com ela.
Confira, abaixo, mais imagens da oficina e também a programação completa do IV Cartão Postal, que pode ser conferida também no site do evento.
Com duração de pouco mais de 30 minutos, a abertura oficial do Cartão Postal, na noite da última segunda-feira (5), foi movimentada pelos alunos do Programa de Extensão Universidade da Maturidade (UMA) com a peça "Auto de Nossas Marias". A peça, sob direção da professora Renata Patricia (curso de Teatro) envolveu também acadêmicos do curso de Teatro.
Cena da peça Auto de Nossas Marias, encenada por alunos da UMA (Foto: Fábio Almeida/Divulgação UMA)
A peça retratou o cotidiano de mulheres ("Marias") brasileiras, reforçando a imagem de resistência e resiliência. É baseada numa história real e frisa questões relacionadas com o machismo, o patriarcalismo e também a situação vivida muito de perto por muitas mulheres que, deixadas por seus companheiros (seja por morte ou abandono), criam sozinhas os filhos, lutando pela vida dia a dia.
O espetáculo é fruto de parceria entre a Universidade da Maturidade e o curso de Teatro - por meio do projeto de extensão "Uma vez teatro", da professora Renata Patrícia, e já está sendo executado por dois semestres consecutivos, registrado também no Programa Institucional de Bolsas de Extensão (Pibex).
Mesa de abertura
Mesa de Abertura da quarta edição do Cartão Postal, na noite da última segunda, dia 5.
A solenidade de abertura da quarta edição do Cartão Postal contou com a presença de professores, acadêmicos e familiares de acadêmicos. A mesa de abertura foi composta pela professora Karylleila Andrade - representando ao mesmo tempo as pró-reitorias de Graduação e a de Pesquisa e Pós-graduação; o vice-diretor do Câmpus de Palmas, Marcelo Leineker; os coordenadores dos curso de Teatro e Pedagogia, os professores Ricardo Malveira e Eduardo José Cezari; a professora Renata Ferreira, coordenadora do evento e, representando os discentes do curso de Teatro, a acadêmica Italla da Motta.
Mesa da conferência de abertura abordou a temática da Cidade como estratégia de pesquisa.
Logo após a composição da mesa de abertura, foi montada uma segunda mesa para a conferência com a temática principal do IV Cartão Postal: a cidade como estratégia de pesquisa. Participaram da mesa, sob a mediação do professor do curso de Artes do IFTO Gurupi, Breno Jadvas, os professores Malveira e Amanda Leite (curso de Teatro e Pedagogia da UFT em Palmas) e a professora Daniela Franco, da Universidade Federal de Uberlândia.
Programação
Para esta terça-feira a programação do IV Cartão Postal prevê uma oficina sobre "Modos andarilhos de escrever a cidade", coordenado pela professora Renata Ferreira. Os participantes desta oficina vão se dividir pela cidade e, ao final da tarde, voltarão a se reunir para a complementação da oficina, que visa o aprendizado sobre técnicas de escrita criativa a partir desses deslocamentos em meio à cidade.
Às 19h ocorrerá outro espetáculo teatral, "E se fosse diferente?", do projeto de extensão Teatro e Libras; Meu corpo Nossa linguagem, sob a direção do professor Ricardo Malveira. Quase simultaneamente ocorrem grupos de trabalho, no bloco D, denominados "Partilhas de Pesquisas e Práticas Pedagógicas", sob a coordenação da professora Renata Ferreira.
A programação completa do IV Cartão Postal pode ser conferida no site do evento.